Acordei com vontade de mudar. Mudar tudo, tudo.
Cortar o cabelo, usar salto 15, ir morar em
Busseto e casar com um pugilista peso-pesado, cozinheiro de mão cheia. Pintar as unhas dos pés de vermelho, tornar-me vegan, "porque meu corpo não é cemitério" - embora um dia, tudo caminhe, locomotoramente, para isso. Aprender tailandês e ser campeã de
Liquid Mountaineering. Chamar os amigos nos feriados para mostrar minha nova composição no
Theremin. Ensinar aos meus filhos a arte da
levitação, pois nunca se sabe quando isso será imprescindível. Tecer longas
mantas de lã para o cachorro, porque é frio dormir sozinho. Aprender a andar na
corda bamba, que a vida é traiçoeira e lá embaixo não existe cama elástica.
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