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30 de jun. de 2008

O SARCASMO E A IRONIA COMO MODO OPERANDIS

O sarcasmo não é apenas uma forma lingüística, é também ligado à cognição social. A compreensão do sarcasmo exige uma correta percepção do estado mental e intenção do emissor. Isto ajuda a distinguir um "erro" de um "sarcasmo". Não é portanto de surpreender que ironia e sarcasmo sejam talvez uma das ultimas capacidades cognitivas que as crianças desenvolvem.
Num artigo recente na Neuropsychology foi demonstrado que pacientes com lesões cerebrais na região pré-frontal do cérebro demonstram dificuldades em identificar sarcasmo. Tais dificuldades são especialmente evidentes em pacientes com lesões no "right ventromedial" região do cérebro responsável a integração de informação emocional ("affective processing") com análise conceptual da mensagem ("perspective taking").
ORIGENS:
IRONIA, uma forma de cinismo, é sinônimo de SARCASMO, mas as suas origens são bem diferentes. IRONIA chegou-nos também do grego, eironeía, através do latim ironia, que significavam ambas “fingir ignorância”.Sócrates usava da ironia como método pedagógico, fazendo perguntas aos seus discípulos, formuladas de forma a parecer que o mestre ignorava as respostas.Hoje, ironia adquiriu mais o sentido de dizer o contrário do que realmente se pensa, ou do real significado do que pretendemos dizer.
SARCASMO é mordaz. Muitas vezes fere a sensibilidade da pessoa que o recebe. Sarx era, no grego antigo, “carne” (veja-se sarcófago, por exemplo, um túmulo para a carne ser comida). Sarkázein era “cortar a carne”.
Alguns autores utilizaram seu refinado sarcasmo e ironia de forma genial, como Erasmo de Rotterdam (O Elogio da Loucura), Voltaire (“É difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram.”), Oscar Wilde (“Devemos ser modestos e lembrar-nos de que os outros são inferiores a nós.”).
(Fragmentos de pesquisa, sem referências)
Façamos bom uso, pois, pelo que parece, é um dom apenas para poucos. Ironizem!

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