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21 de fev. de 2009

Warrior

Há dias em que os generais querem descansar da batalha e guardar suas armas. Há dias em que o médico, depois de fazer tudo que estava ao seu alcance, tira suas luvas e espera a Providência Divina. Há dias em que o capitão cansa de sua pele marcada pelo sal e sol, e fica em casa, olhando seu barco à vela, dentro da garrafa. Há dias em que se abandona a lucidez, por acaso ou de propósito, e espera-se nunca mais encontra-la; e há dias em que ela abandona, também. Há dias em que abandonamos a criança, a juventude, a vida e vivemos por algum motivo desconhecido. Há dias em que entregamos a katana e queremos deitar sobre um colo, entregues e sem escudo. Há dias em que perdemos a fome, e olhamos desconsolados, o prato sobre a mesa. Há dias em que perdemos nosso tesouro, e não nos resta uma moeda sequer. Há dias em que o campeão é nocauteado, e nada mais o aguarda, se não a lona. E, no entanto, todos esses dias, passam, assim como passou o seu reverso.

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