Tradutor/Translator

3 de jul. de 2010

Tipo exportação





Lembrei daquela maldita frase “Money que é good, nóis não have”, quando meu olho captou o choque da bola com o pé esquerdo no rosto bochechudo do japinha-que-fala-inglês do condomínio na quadra de futebol, já sabia que a choradeira não demoraria muito.

Saí correndo, no mode automatic pilot, e fui até ele, tentando acalmar o garoto, com meu inglês tenebroso. A única coisa que eu pensava era “kd meu Google tradutor?” Bem que poderíamos ter um chip implantado para tarefas básicas, como essa.

“Vai, garota, bota essa droga de cabeça pra funcionar!” E nada, só lembrava de “Everybody hurts” e deu tilti total, as memórias de leituras, algum estudo, nada completava download. O negócio foi apelar para mímica com algumas palavras que felizmente ainda restavam no disco rígido. Hate total.

Inglês é fácil, eu sei, everybody now. But, pensar em inglês e falar frases inteiras, do cotidiano, é bem difícil. Coisas simples, como, ‘vamos tomar um banho de piscina depois’? Porra, nem sabia como era piscina em inglês! Pool. Não tinha uma grife com esse nome? Agora não esqueço mais. E jogar sinuca. Droga. O negócio foi levar no Come on até a game room...

‘Quer que eu desenhe ou tá difícil?’ Foi o que eu imaginava pelo olhar do japa, com sotaque nipônico, me dizendo que precisava sair às 14hs pois um amigo estaria esperando. Depois de muita repetição e mímica, finalmente, os neurônios decodificaram a mensagem.

Estou pensando seriamente em andar com um minidicionário no bolso, caso os encontre novamente. E voltar ao meu curso online de inglês. Just because I can.

Um comentário:

Tua vez, aproveite.