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23 de abr. de 2011

A dose mais forte e lenta

Lembro da praça da 21 de Abril, aquela perto do mercadinho. Ela me levava, depois do trabalho, mesmo cansada. E a neta, insistia, sem noção de sacrifício, ainda. Ela me olhava  e eu via apenas sorriso no fundo daqueles olhos meio verdes, meio castanhos, gateados, por trás dos óculos. Depois, lá ia ela fazer torrada no café da tarde e sopa de letrinha. E aqueles anos foram os melhores e passaram tão rápido, Dona Maria, que ao fechar os olhos, sinto o vento no rosto e me vejo correndo aquela rua até a praça amarela, azul e vermelha. E do cheiro da sopa subindo em espirais de fumaça e do olhar sorrindo.

Um comentário:

Tua vez, aproveite.