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1 de jul. de 2008

Alice e Lucy



Alice e Lucy se encontraram na ponte, perto do bebedouro. Alice se perguntava secretamente “quem sou eu” e Lucy estava desenhando numa folha de papel, um céu de estrelas de diamantes.
Lucy, com seus olhos de caleidoscópio e cabelos de flores de celofane, procurava por uma menina com o Sol em seus olhos. Por sua vez, Alice, loirinha e de vestido azul, estava na pista daquele coelho danado de apressado.
As duas rodavam, estavam perdidas e procuravam por algo, cada qual em seu caminho. Foi quando Lucy (que era muito mais sacana) sugeriu que experimentassem alguns cogumelos de aparência curiosa que havia por ali.
A partir de então, conheceram um gato sem cabeça, uma lagarta, uma lebre, um chapeleiro e outras criaturas retardadas, além de situações inusitadas e fantásticas, sempre juntas.
Num determinado momento, Alice confessou que tempo atrás, havia tentado o suicídio, afogando-se em suas próprias lágrimas e que já estava cansada de sua vida comum e monótona. Lucy também confessou seu tédio entorpecente, como um imenso campo de papoulas, que se perdia no horizonte.
Mas, como de costume, Lucy com seu espírito mais extrovertido, colocou os dois dedos na boca e assoviou, chamando um taxi.
E as duas foram embora, num taxi de folhas de jornal e com a cabeça nas nuvens, enfim livres!
E foi assim que Alice e Lucy se conheceram, porém, nunca mais foram vistas no País das Maravilhas.

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