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7 de ago. de 2008

Eu vi nascer o Amor


Ela estava ali sentada à mesa, sorridente. Ele chegou, também sorridente, e sentou-se. Na agitação do momento, pessoas indo e vindo, frases soltas, olhos-tentáculos, rastreando o outro. De repente, não eram mais simples desconhecidos e vejam só, já haviam se visto uma vez, há algum tempo, ele lembrou. Sim, mas não foram apresentados, disse ela. Então, nada melhor que conversar para se conhecer, já que o desejo ficou no ar. Era uma espera para uma gravação e eles seriam os próximos a entrar em cena. Coração batendo, ela com o papelzinho na mão, todo dobradinho, como um origami. Ele seria seu marido na cena. “Você fuma?”- perguntou ela. Ele não fumava, mas a acompanhou até a saída. Se não me engano, os olhos estavam com um brilho nervoso. Depois da cena, uma carona? Sim, claro. E eles eram de áries! Que coincidência! Fogo em dose dupla. Bem, estamos no inverno, nada melhor que um relacionamento quente. Então, desci do carro e desejei tudo de bom e em silêncio, que eles se conhecessem melhor, pois não sabiam, mas tinham sido feitos um para o outro.

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